... Conheça a Universidade Livre Feminista Antirracista

Compreendemos o feminismo como prática política e pensamento crítico que visa o fortalecimento das mulheres como sujeitos políticos (individual e coletivo) capazes de transformar a si mesmas e suas histórias e de transformar a história e as condições de vida de outras mulheres. Entendemos, assim, as práticas e processos educativos são como o pilar da ação política feminista transformadora, tendo papel essencial no fortalecimento do movimento feminista. 

Apesar dos esforços de organizações e de ativistas, os orçamentos escassos das organizações e movimentos feministas não têm permitido o investimento em processos educativos que ampliem o número de mulheres mobilizadas para ações coletivas. O desafio, portanto, tem sido o de reunir esforços para superar essas dificuldades. 

É nesta perspectiva que se coloca a Universidade Livre Feminista Antirracista, cuja estratégia é usar a internet e as novas tecnologias de informação e comunicação (TICs), em articulação com processos presenciais para desenvolver ambientes de aprendizagem, de trocas, de formação e comunicação política feminista, antirracista, decolonial.

Quem somos

A Universidade Livre Feminista Antirracista se propõe a ser uma comunidade feminista, antirracista, decolonial de aprendizagem, pesquisa, compartilhamento de conhecimentos, artes e culturas, de cuidados e autocuidado, de trocas e construção de estratégias para a sustentação da vida das mulheres e seus territórios. Nasceu como proposta do CFEMEA – Centro Feminista de Estudos e Assessoria, organização feminista e antirracista com sede em Brasília (Brasil) criada em 1989.

A proposta que o Cfemea levou inicialmente em 2007 aos movimentos e coletivos feministas foi construída a partir da percepção da necessidade de ampliar a formação feminista, com poucos recursos, em um país continental como o Brasil. Ela tinha uma vocação aglutinadora e, rapidamente, juntou muita gente que se inscrevia e queria participar dos cursos.

Em poucos anos, outras organizações, como o SOS Corpo Instituto Feminista para a Democracia e a Cunhã se agregaram, trazendo sua experiência de educação popular feminista, presencial, fincada na construção do movimento feminista com as mulheres populares, urbanas e rurais. A ideia inicial era atrair feministas que se disponibilizassem para contribuir com as ações educativas. Foi a primeira iniciativa a dar um passo em uma direção ainda não percorrida por organizações e movimentos feministas brasileiros: a educação feminista e popular, aberta e a distância. 

Depois de 15 anos de gestação, experiências e aprendizados, a Universidade Livre agora se prepara para dar um salto em sua organização, institucionalidade, alcance e proposta educativa. A Universidade Livre Feminista Antirracista – ULFA será uma grande Ação Coletiva Educativa Global de Diálogo, Trocas e Fortalecimento das Redes Feministas, Movimentos de Mulheres, Fóruns Regionais de Mulheres Negras, com abrangência nos países de língua portuguesa (Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tome e Príncipe e Timor-Leste) e em regiões e países em a ULFA tem ligações em Rede de Projetos de caráter similar.

Esse salto está sendo coordenado pelo Centro Feminista de Estudos e Assessoria – Cfemea, pela Rede de Desenvolvimento Humano – REDEH, pelo Grupo de Mulheres Negra Felipa Maria Aranha/Mocampo – Pará, por pesquisadoras e intelectuais ligadas a universidades em em articulação que está sendo construída com o processo da Humanity Summit (Portugal).

 

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A sede provisória da ULFA está situada no Brasil